Ernesto Matos cria imagem gráfica de homenagem ao calceteiro português. Esses homens agora como que em vias de extinção deixaram ao longo de gerações magníficos trabalhos em tapetes dos nossos arruamentos. Hoje andamos sobre pedras e buracos mas já andamos sobre tapetes de pedra ricamente bordados e aparelhados por mãos calejadas mas preciosas. Que chão nos esperará o futuro, mais cimento ou brita desajeitada como agora a nobre Praça do Comércio em Lisboa? Aliás onde os primeiros pavimentos foram executados a mando de D. João II e onde o lastro das caravelas ia e vinha com ouro e pedras, preciosas às vezes que delas se edificaram fortalezas. Um bem-haja a todos os artífices do chão.
Ernesto Matos'14